segunda-feira, 29 de julho de 2024

Agradecimentos

A Apolo
por ter revisto os poemas que Dionísio
esboçou. Aos pêssegos e às ameixas
por terem chegado
mais cedo. Aos gatos de Hemingway (que tinham
seis dedos por pata). Á brava mulher de Lot
por ter voltado a
cabeça. A esses que por aí andam a ver
para que lado vai dar. Aos trombos
nas veias
por recusarem ser êmbolos. Às ameijôas do Algarve
em especial às 
que abriram. À agulha da catedral
por rasgar as nuvens
de Dezembro. Às cadeiras dos Cafés que
dorme de pernas para o ar. Às chavenas do
serviço de chá
(lembrando as que partiram). Ao cheiro das estações 
de comboio a
cada tarde que passa. Aos ossos e
aos músculos do corpo. Ao
mais pequeno 
movimento.

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