Ficaríamos admirados se pudéssemos avaliar a importância que o cinema tem no que sabemos. Mas também no que somos. Porque o cinema é muito mais que informação, chegou a fazer parte de nós tão intimamente que nem damos por isso: uma concepção do mundo que devemos á tela; um sentido novo de natureza e da sociedade, da arte da ciência; um humanismo mais vivo do que aquele que poderíamos encontrar nos livros; uma aproximação dos homens na sua concreta dimensão; uma conformação do nosso poder intelectual e da nossa sensibilidade - que não se pode dizer que seja suficiente mas que é, no entanto, indispensável. Pois bem, em tudo isto, a maior parte corresponde ao chamado cinema de evasão, que é precisamente aquele que, sem pretendê-lo, influencia mais o espectador, o qual, paradoxalmente, quanto mais quer fugir da realidade mais profundamente está a aprender na tela o que vai transportar depois para a sua existência: trajos e costumes, maneiras de falar, de sentir e de pensar.
domingo, 26 de abril de 2009
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