domingo, 11 de maio de 2008

Tambores na Noite

MARIE

Está bêbedo. Não lhe pesa tanto.

KRAGLER

a quem Auguste, ao fundo, serve aguardente: Não lhe pesa tanto? Não tem carne, é feito de papel? Consola-te, irmão, diz: não é possível. Estás a ouvir, amigo da pinga, estás a ouvir o vento? Vamos, irmã prostituta, upa! Upa, upa, irmão vermelho! Digo-vos: não têm de esperar. O que vale um porco aos olhos do Senhor? Nada! Embebedem-se a valer, o porco não vale nada, e assim não sentem nada.

GLUBB

Porque é que estás a gritar?

KRAGLER

Quem é que paga aqui?! Quem é que põe a música a tocar? Sempre a tocar! Tenho aqui a mosca. Só preciso de aguardente, se tiver aguardente ela afoga-se! Podemos acabar com a tropa ou com Deus? Podemos acabar com o sofrimento e os sacrifícios que os próprios homens ensinaram ao diabo? Não podemos acabar com isso, mas podemos beber. Podes beber aguardente e dormir em cima das pedras. Aqueles que dormem, tomem nota, são recompensados da melhor maneira, vem no catecismo, têm de acreditar! Por isso é beber e fechar a porta e não deixar entrar o vento, que ele também tem frio, vá, ponham a tranca! Não deixem entrar os fantasmas. Eles estão cheios de frio.

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