segunda-feira, 30 de setembro de 2013

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Era ateu e há anos que não lia livro nenhum, apesar de entesourar em sua casa uma biblioteca mais do que decente sobre temas da sua especialidade, além de alguns livros de filosofia, história do México, e um romance ou outro. Às vezes pensava que não lia precisamente por ser ateu. Digamos que a não leitura era o degrau mais alto do ateísmo ou pelo menos do ateísmo como ele o conhecia. Se não acreditas em Deus, como acreditar na porcaria de um livro?, pensava.

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