sexta-feira, 22 de junho de 2012

Confissões de um humorista

A minha reputação como humorista data das nove e meia dessa manhã. Os meus colegas passaram semanas a avivar a chama do meu amor-próprio. Um a um vieram dizer-me que o meu discurso fora incrivelmente bem feito, meu caro, e explicaram-me com todo o cuidado cada uma das minhas piadas.
A pouco e pouco percebi que se esperava que eu continuasse. Outros podiam bem falar, cheios de bom senso, de negócios e dos tópicos do dia, mas de mim exigia-se uma coisa brincalhona e airosa.

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