Pedrada neste charco, Maio 68 foi a insurreição do possível contra a ditadura do facto consumado. Essa inspiração da liberdade persiste nas nossas sociedades e na nossa década: o virtual continua a lutar contra o real, mesmo quando todas as modas disfarçam Maio com uma leveza inócua que, teimosamente, acaba por se revelar insustentável. Num mundo que se quer bipolarizado entre o princípio do prazer, alvo preferido dos caçadores de lucros, e o princípio da realidade, incensado por todos estes cristãos-novos do capitalismo, Maio 68 constituiu um renascimento para o princípio esperança. Poderá o marxismo interpretá-lo e dar-lhe o conteúdo concreto de uma luta da qual não se terá até agora conhecido, bem vistas as coisas, senão o início?
domingo, 14 de agosto de 2011
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