quarta-feira, 7 de maio de 2008

O Príncipe

Quando os Estados que se adquirem, tal como se disse estão habituados a viver com leis próprias e em liberdade, importa, desde que queiramos mantê-los, observar um de três modos: o primeiro, destruí-los; o segundo, passar a habitá-los pessoalmente; o terceiro, deixá-los viver com as suas leis, impondo-lhes tributo, e criando dentro deles minorias que os conservem amigos. Porque, sendo essas minorias criaturas do príncipe, sabem que não podem prescindir da amizade e força deste, e haverão de tudo fazer para manter o Estado. E mais facilmente se domina uma cidade, acostumada a viver livre, por meio dos seus cidadãos, do que por qualquer outro modo.

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