Lévin notava muitas vezes durante as discussões entre os homens mais inteligentes que depois de enormes esforços, de uma grande quantidade de subtilezas lógicas e de palavras, os oponentes chegavam por fim à consciência de que aquilo por que tão longamente haviam lutado para demonstrar um ao outro era conhecido de ambos desde há muito tempo, desde o início da discussão, mas que eles gostavam de coisas diferentes e por isso não queriam dizer aquilo de que gostavam, para não serem contestados. Notara frequentemente que por vezes durante uma discussão se compreende aquilo de que o adversário gosta, e de repente se gosta da mesma coisa e se concorda de imediato, e então todos os argumentos caem como desnecessários; e outras vezes sentia o contrário: a pessoa diz finalmente aquilo de que gosta e por que razão apresenta argumentos e se acontece que o diz bem e com sinceridade, então de repente o adversário concorda e pára de discutir. Era isso mesmo que ele queria dizer.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
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1 comentário:
Tolstoi explora muito bem a natureza humana, mas tendo no mesmo período um escritor como Dostoevsky, não vejo razão para voltar a gastar tempo com Tolstoi.
Com o devido respeito, li a Anna Karenina e bastou: parece que a Guerra e Paz vai ter de ficar para a próxima encarnação.
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