segunda-feira, 11 de julho de 2022

Sobre a tranquilidade da alma

 Foi, creio, Cúrio Dentato quem disse que preferia estar morto a viver como se o estivesse. O derradeiro mal é deixar de estar entre os vivos sem ainda se estar morto. Mas se por acaso viveres numa altura em que a vida pública é difícil de enfrentar, terás apenas de reinvindicar mais tempo para o descanso e para o trabalho literário, procurar um porto seguro de vez em quando, como se estivesses numa viagem perigosa, e não esperar que a vida pública te demita, mas libertar-te tu primeiro dela.

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