No marxismo, tal conhecimento torna-se racional; o dialéctico marxista diz francamente: "Eu ajo para os mesmos fins mas modifico os meios. Não me comporto às seis da tarde, no Inverno, como às seis da tarde no Verão..." Censura-se os marxistas por praticarem de um modo aberto, consciente e racional, o que toda a gente fez e faz ainda confusamente, empiricamente. Não percebendo a ligação - racional, segundo o marxismo - entre a doutrina e a acção, os críticos censuram os marxistas pela sua consciência da mobilidade das coisas. Acusam-nos facilmente de "maquiavelismo", de dissimular os piores desígnios (como se, desde Marx, os fins, os objectivos da acção não estivessem escritos em termos claros e bem definidos!); enfim, levantam obscuros e insolúveis problemas entre os "meios" e os "fins" e não querem compreender que, para um marxista, o fim julga os meios.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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