8. Por último, procurei os artistas. Estava ciente de não saber coisa alguma e de encontrar entre eles homens sabedores de muitas coisas belas. E neste juízo não me enganei: eles sabiam o que eu ignorava e deste modo eram mais sábios do que eu. Todavia, Atenienses, esses bons artesãos também me pareceram com o mesmo defeito dos poetas porque, sendo embora exímios na sua arte, cada um deles julgava-se muito sábio noutros assuntos importantes, de modo que, quando me interroguei a mim próprio, para justificar o oráculo, preferia ser o que sou, nem sábio na sua sabedoria, nem tolo na ilusão desses homens, ou, pelo contrário possuir como eles o saber e a ignorância, respondi a mim mesmo que o melhor seria continuar a ser o que sou.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
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