Se tu podes impor a calma, quando aqueles
que estão ao pé de ti a perdem, censurando
a tua teimosia nobre de a manter.
Se sabes aguardar ruga e sem cansaço,
privar com Reis continuando simples,
e na calúnia não recorres à infâmia
para com arma igual e em fúria responder.
- mas não aparentar bondade em demasia
nem presumir de sábio ou pretender
manifestar excesso de ousadia.
Se o sonho não fizer de ti um escravo
e a luz do pensamento não andar
contigo no domínio do exagerado.
Se encaras o triunfo ou a derrota
serenamente, firme e reforçado
na coragem que é necessário ter
para ver a verdade atraiçoada,
caluniada, espezinhada e ainda
os nossos ideais por terra - Mas erguê-los
de novo em mais profundos alicerces
e proclamar com alma essa Verdade.
Se perdes tudo quanto amealhaste
e voltas ao princípio sem um ai,
um lamento, uma lágrima, e sorrindo
te debruças sobre o coração
unindo outras reservas à vontade
que quer continuar, e prosseguindo
chegares ao infinito da razão.
Se a multidão te ouvir entusiasmada
e a virtude ficar no seu lugar.
Se amigos e inimigos não conseguem
ofender-te, e se quantos te procuram
para estar com o teu esforço não contarem
uns mais do que outros - olha-os por igual.
Se podes preencher cada minuto
com sessenta segundos de existência
no caminho da vida percorrido
embora essa existência seja dura
à força das tormentas que a consomem.
Bendita a tua essência, a tua origem.
O Mundo será teu.
E tu serás um homem
terça-feira, 10 de junho de 2008
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