terça-feira, 29 de abril de 2008

Utopia

Na Utopia, não se usa moeda nas transacções: reserva-se para as situações críticas, possíveis mas incertas. Não têm o ouro e a prata nesse país maior valor do que o que a natureza lhes confere e atribui-se-lhes muito menos valor que ao ferro, tão necessário ao homem como a água e o fogo. O ouro e a prata não têm com efeito virtude, emprego ou propriedade cuja privação constitua inconveniente natural e verdadeiro. Foi a loucura humana que lhes deu tamanho valor por ser serem raros. A natureza, essa mãe previdente, escondeu-os a grandes profundidades, como produtos inúteis e vãos, da mesma forma que põe a descoberto o ar, a água e a terra e tudo quanto há de bom e realmente útil.

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