Não é difícil ser-se audacioso quando se é jovem. Mas a audácia mais bela é a do fim da vida. Admiro-a em Joyce, como a admiro em Mallarmé, em Beethoven e em alguns raríssimos artistas cuja obra termina numa falésia e que ao futuro apresentam a mais abrupta face do seu génio, sem nunca deixar conhecer a insensível encosta por onde atingiram pacientemente essa desconcertante altitude.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
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