(...)
Num canto do quarto onde estávamos, vi os cavalos pretos do amor, ainda cobertos de estremecimentos, mas desde então tranquilos. Era por nós que eles esperavam.
DIEGO
Eu por meu lado não estava surdo nem cego. Mas não ouvia senão o latejar suave do meu sangue. A minha alegria era súbita e sem impaciência. Oh cidade de luz, eis que me dão a tua posse para a vida, até à hora em que a terra nos chame! Amanhã partiremos juntos e montaremos a mesma sela.
VICTORIA
Sim, fala a nossa linguagem mesmo que os outros nos tomem por loucos. Amanhã beijarás a minha boca. Olho para a tua e as minhas faces queimam. Dize, é o vento sul?
É o vento sul e queima-me também. Onde está a fonte que me há-de curar?
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